AS SETE DORES DA VIRGEM MARIA 15 DE SETEMBRO

As sete dores de Maria

 

Hoje vamos conhecer um pouco das dores, dos sofrimentos de Maria, fazendo um pequena reflexão sobre esses momentos. Uma mãe que sempre esteve ao lado de Jesus em todos os momentos, carregou-O em seu ventre, participou de sua vida e O viu ser crucificado injustamente na cruz, suportou todas as dores entendendo a vontade de Deus, confiou na promessa desde o início e teve sua recompensa no final.


AS DORES DE MARIA (veja o vídeo abaixo)


As 7 dores de Maria




As dores de Maria têm o seu sentido no mistério Pascal de Jesus Cristo, nos faz recordar a humanidade de Maria Santíssima, que, apesar de escolhida para Mãe do Filho de Deus, não ficou imune aos sofrimentos próprios do gênero humano, destaca uma mãe que sofre em silêncio, que vê e sente a dor de seu Filho morrer.


1ª Dor: Profecias de Simeão (Lucas 2, 34-35)

Apresentação do Menino Jesus a Simeão



“Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: 
‘Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim, serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma’.”


Reflexão

Na primeira dor, Simeão faz uma revelação a Maria, muitas coisas aconteceriam ao redor daquele menino, Maria, como mãe, viveria tudo junto com seu filho. Quantas vezes recebemos uma notícia de doença ou tribulação e começamos a nos questionar que porque seguimos Jesus não teremos dores, sofrimentos, aflições, doenças e nem seremos tentados, mas com o passar do tempo percebemos que não é bem assim e descobrimos que é a fé e a esperança que nos sustenta nesta caminhada, que o futuro é incerto e a única certeza é a Palavra de Deus que nos move. 

Precisamos aprender a virtude da santa obediência, Maria apesar de toda dor nunca perdeu a fé, e assim se nós mantivermos a fé e a esperança em Deus jamais seremos confundidos pelos inimigos, confiemos em Deus Pai que sempre nos ama e permite passarmos por algumas situações para crescermos espiritualmente.


2ª Dor: A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus 2, 13-18)


Fuga da Sagrada família para o Egito


“Depois que os Magos partiram, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho e disse-lhe: ‘Levante-se, tome o menino e sua mãe, e fuja para o Egito. Fique lá até que eu lhe diga, pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo’.

Então ele se levantou, tomou o menino e sua mãe durante a noite, e partiu para o Egito,
onde ficou até a morte de Herodes. E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: ‘Do Egito chamei o meu filho’.

Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos magos.

Então se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias:

‘Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação; é Raquel que chora por seus filhos e recusa ser consolada, porque já não existem’.”



Reflexão

A Sagrada família teve que fugir, largaram tudo, porque creram na Palavra de Deus, Maria em sua dor teve que fugir para proteger o seu filho, sua família. Hoje quantas pessoas fogem para sobreviver, fazem uma “fuga” de seus medos, de seu passado; o mundo nos oferece muitas coisas, muitas riquezas e ficamos apegados a matéria, as coisas mundanas. 

Todos os dias em nosso trabalho somos tentados, humilhados, mas na fé buscamos a paz e serenidade, buscamos algo para nos completar, buscamos um caminho para amenizar nossas dores, mas devemos aceitar as provocações que nos impõem com alegria de quem sofre para agradar a Deus e então devemos aprender com José e Maria o que realmente importa em nossas vidas, a buscar a santidade, a amar quem realmente nos ama porque foi Jesus quem morreu na cruz por nós.


3º Dor: A perda e encontro do Menino Jesus no templo (Lucas 2, 41-51)


A perda e encontro do Menino Jesus no Templo


“Todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da Páscoa; E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; e, como não o encontraram, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. Todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas e quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: ‘Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos’.

E ele lhes disse: ‘Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?’ E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia.

E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas”.



Reflexão

Uma das maiores dores de Maria, a perda de seu Filho no templo. Uma mãe que vai ao encontro do seu Filho e não o encontra em lugar nenhum, imagine o desespero em não saber o que lhe aconteceu, a sensação de culpa, de perda, de dor, um aperto em seu coração. As palavras de Maria quando encontra seu Filho nos mostra a experiência da intensa dor da mãe sobre um filho: “Filho, por que fizeste assim conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos’!”. (Lc 2,48). 

Maria procurou-o por três dias mas, sabia que seu Filho era o messias prometido e quando o encontra no templo e fala sobre sua dor o menino responde que estava fazendo a vontade de seu Pai, Maria em silêncio atende e acolhe a missão, compreendeu que seu filho, homem de Deus, deveria assim proceder, fazendo a vontade de Deus. 

Quantas pessoas desaparecem na vida sem rumo, sem ter quem os procure, vivendo sozinho, com fome, perdido e com frio, não nos importamos porque não conhecemos, mas uma mãe sempre vai em busca do seu filho. Maria fica angustiada por três dias, e quantas mães choram por seus filhos a vida inteira, por aqueles que se perdem pelo mundo, mas assim como Maria devemos aprender a sacrificar o seu amor natural e entregar os filhos aos seus chamados, entregá-los a Deus, devem criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu. Não podemos esquecer que as nossas lágrimas um dia converter-se-ão em pérolas, como as de Maria Santíssima se converteram em favor da humanidade.


4ª Dor: Encontro de Maria com Jesus caminhando para a morte (Lucas 23, 27-31)

Encontro de Maria e Jesus caminhando para a morte


“Um grande número de pessoas o seguia, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. Jesus voltou-se e disse-lhes: ‘Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus filhos! Pois chegará a hora em que vocês dirão: Felizes as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram!’.
 Então dirão às montanhas: ‘Caiam sobre nós! ’ e às colinas: ‘Cubram-nos!’ Pois, se fazem isto com a árvore verde, o que acontecerá quando ela estiver seca?”.


Reflexão

Uma mãe sabendo que o caminho de seu filho será a morte, e morte de cruz, Jesus olha para sua mãe e sua mãe vê aquele em quem ela cuidou e criou com tanto amor se partindo, a dor é insuportável, a dor em saber que aquele que você ama não o terá próximo aos seus braços, ela também carrega com seu filho a cruz que o mundo impôs, um homem que tanto amou sendo insultado como um criminoso. Os olhares que se cruzam entre a mãe e o filho nos faz compreender a dor em silêncio em que tantos vivem hoje em dia, quantas pessoas estão morrendo em hospitais por falta de atendimento ou falta de medicações e muitas vezes queremos que as coisas aconteçam do nosso jeito e pensando apenas em “nós mesmo” e não temos a dimensão do irmão necessitado, esquecemos de fazer a vontade do Pai.

Que possamos unir a essa dor de Maria, para entender que é necessário o sacrifício para fazer a vontade de Deus.

O silêncio é precioso nas horas de sofrimentos. Há pessoas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em silêncio; desejam logo que passem esse sofrimento. Jesus e Maria tudo suportaram em silêncio por amor a Deus!

A dor é insuportável mas é na oração que Deus edifica. Precisamos ser humildes, para não trabalharmos em vão; a dor acaba sendo necessária para a nossa santificação.

No nosso silêncio, nesta dor imensa, não entendemos o significado e os propósitos de Deus em nossas vidas, mas devemos recorrer a Maria e contemplar esse silêncio a saber que um dia essa dor se converterá em força e alegria.


5ª Dor: A morte de Jesus na Cruz (João 19, 25-30)


A morte de Jesus na cruz


"E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.

Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: ‘Tenho sede’. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lhe chegaram à boca.
E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: ‘Está consumado’. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”.


Reflexão

Uma mãe é condenada a ver morrer diante de seus olhos o seu Filho inocente. Maria ficou ao pé da cruz assistindo à morte de Jesus, com a alma e o coração transpassados com as mais cruéis das dores e ali ficou sem poder aliviar em nada as dores de seu Filho, sem poder abraçá-lo. Maria sabia que era a vontade de Deus e isso a confortava, quantas pessoas estão morrendo sem ter seus familiares ao seu lado, sem ter a certeza de que cumpriu a vontade de Deus, quantas vezes sentimos essa dor de perda de alguém que amamos, e às vezes nem conseguimos nos “despedir”, não compreendemos que estamos de passagem, não entendemos o porque da morte, não entendemos porque tanto sofrimento, mas assim como Maria devemos sentir o consolo do Pai, precisamos aprender a sermos fortes em todos os combates de nossa vida e saber lidar com cada situação que a vida proporciona. Que essa dor de Maria de ver seu Filho morrer na cruz não fique sem produzir frutos em nossas almas, frutos de vida e conversão e que tenhamos a certeza de que Maria sempre nos acompanha.



6ª Dor: Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus 27, 55-61) 

Artigos Religiosos Nossa Senhora das Dores


Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz



“Muitas mulheres estavam ali, observando de longe. Elas haviam seguido Jesus desde a Galileia, para o servir. Entre elas estavam Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago e de José; e a mãe dos filhos de Zebedeu. Ao cair da tarde chegou um homem rico, de Arimateia, chamado José, que se tornara discípulo de Jesus. 
Dirigindo-se a Pilatos, pediu o corpo de Jesus, e Pilatos ordenou que lhe fosse entregue. José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho e o colocou num sepulcro novo, que ele havia mandado cavar na rocha. E, fazendo rolar uma grande pedra sobre a entrada do sepulcro, retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam assentadas ali, em frente do sepulcro.”


Reflexão

Chega a hora de enterrar seu Filho, a dor de não ter mais a presença de seu Filho ao seu lado é insuportável, em saber que não o verá mais, não irá abraçá-lo, não ouvirá mais a sua voz. As lágrimas escorrem pelo seu rosto, mas Maria reconhece em Jesus o plano completo da salvação de Deus. Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração. Quantas vezes buscamos respostas para os acontecimentos de nossas vidas, ficamos questionando, buscamos preencher o vazio em nosso coração, Maria porém compreendeu que era preciso passar por tudo isso. Se Maria tanto sofreu, não será ela capaz de compreender os nossos sofrimentos? Deixe sempre a mãe passar na frente intercedendo por todos nós.


7º Dor: A sepultura de Jesus (Lucas 23, 55-56)


Sepultura de Jesus



“As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, seguiram José e viram o sepulcro, e como o corpo de Jesus fora colocado nele. Então, foram para casa e prepararam perfumes e especiarias aromáticas. E descansaram no sábado, em obediência ao mandamento.”


Reflexão

Tudo estava consumado, a certeza da morte, o sofrimento de Maria ao ver-se obrigada a deixá-lo finalmente no sepulcro. Não havia volta, Santo Afonso afirma que Maria foi a primeira a adorar a cruz de Jesus. A quanta humilhação seu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar, sendo Ele o mesmo Deus! Um Deus que se fez homem e morreu para nos ensinar o valor da vida, da obediência. Maria, mesmo com a dor de sepultar seu Filho não perde as esperanças, não reclama, apenas aceita, quantas vezes reclamamos de tudo e não damos valor a vida, resmungamos por algumas dores no corpo e esquecemos da verdadeira dor, a da nossa alma, de nossos pecados. Que possamos assim como Maria aprender a aceitar, a entender as dores e lembrar que até ela sofreu, mas sobretudo vivendo só para Deus, e que possamos viver na esperança de um dia estar ao lado de Maria e ao lado de Jesus.


Rezemos 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria e peçamos um coração humilde para compreender a vontade do Pai, assim como Maria que muito sofreu e esteve sempre ao lado de seu Filho, vivendo na esperança da vida eterna.



La Voce Di Maria -  Em Italiano


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“Minha alegria será fazê-los felizes, plantá-los de maneira estável na terra, de todo o meu coração, com toda minha alma” (Jeremias 32, 41).




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