Maria, a primeira a fazer a adoração a Santa Cruz
Aos pés da cruz Maria viu seu Filho, homem justo e misericordioso, morrer por todos nós, um Homem que tanto nos amou e nos ensinou e ensina nos dias de hoje, que possamos ser tocados em nossos corações para sentir essa presença de Jesus vivo e de nossa mãe Santíssima.
Existe no ano somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.).
Esta celebração é dividida em três partes: a primeira é a leitura da Sagrada Escritura e a oração universal feita por todas as pessoas de todos os tempos; a segunda é a adoração da Santa Cruz e a terceira é a Comunhão Eucarística, juntas formam o memorial da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Memorial não é apenas relembrar ou fazer memória dos fatos, é realmente celebrar agora, buscando fazer presente, atual, tudo aquilo que Deus realizou em outros tempos. Mergulhamos no tempo para nos encontrarmos com a graça de Deus no momento que operou a salvação e, ao retornarmos deste mergulho, a trazemos em nós.
Os cristãos peregrinos dos primeiros séculos a Jerusalém nos descrevem, através de seus diários que, em um certo momento desta celebração, a relíquia da Santa Cruz era exposta para adoração diante do Santo Sepulcro. Os cristãos, um a um, passavam diante dela reverenciando e beijando-a. Este momento é chamado de Adoração à Santa Cruz, que significa adorar a Jesus que foi pregado na cruz através do toque concreto que faziam naquele madeiro onde Jesus foi estendido e que foi banhado com seu sangue.
Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverenciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.
Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. “Jesus está vivo!”
Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.
Por isso diga: Jesus eu te amo!
Ouça a música
Padre Reginaldo Manzotti - Ninguém Te Ama Como Eu
Paixão e Morte de Jesus
Belíssimo Esposo - Comunidade Católica Shalom
Referência para a postagem da adoração a Santa cruz:
https://noticias.cancaonova.com/brasil/entenda-o-significado-do-beijo-na-cruz-na-sexta-feira-santa/
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