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SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI - O CORPO DE CRISTO


Foto do ostensório no altar exposto com Jesus Eucarístico

Corpus Christi, o Corpo de Cristo é uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, o sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.

A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa, na quinta-feira seguinte ao domingo da celebração da Santíssima Trindade.

Corpus Christi em latim, significa “Corpo de Cristo” é celebrada pela Igreja Católica sempre 60 dias depois do domingo de Páscoa, realizada na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, é uma solenidade seguida da procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A Santa Missa é o memorial da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

Relembrando que na quinta-feira Santa é considerada o dia no qual Jesus Cristo instituiu o sacramento da Eucaristia.

A procissão de Corpus Christi lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. O Antigo Testamento diz que o povo peregrino foi alimentado com maná, no deserto. Com a instituição da Eucaristia o povo é alimentado com o próprio corpo de Cristo e a adoração ao Santíssimo Corpo de Cristo é um dos gestos mais profundos de comunhão que podemos estabelecer com Cristo.

No Corpus Christi se celebra a “presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho” conforme a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), .


resumo da origem do Corpus Christi

A festa do Corpus Christi começou por volta do ano de 1264, mas foi instituída pelo Papa Urbano IV no dia 8 de Setembro de 1264.

O Papa Urbano IV estendeu esta solenidade para toda a igreja, e então ele publicou uma bula papal sobre o tema, chamada de “Transiturus” (para saber mais sobre o tema: https://w2.vatican.va/content/urbanus-iv/es/documents/bulla-transiturus-de-mundo-11-aug-1264.html), instituindo a data e concedendo indulgências às pessoas que fossem à missa neste dia. Segundo alguns biógrafos, o papa medieval incumbiu o filósofo e teólogo italiano São Tomás de Aquino (1255-1274) de redigir um rito (“ofício”) para a celebração da data.

O Papa Urbano, porém, morreu pouco tempo após instituir a festa, em outubro do mesmo ano - o que acabou retardando a adoção das celebrações. A comemoração de Corpus Christi só aconteceria décadas depois, quando a data foi reafirmada pelo Concílio de Vienne, em 1311.

Então surgiu também a procissão com o ostensório (que carrega o Corpo de Cristo), por ruas enfeitadas nas cidades e aldeias.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.


foto do tapete de Corpus Christi com cálice e uva
Nesta festa, fiéis fazem tapetes no chão de diferentes formas e desenhos e após as celebrações das missas com as ruas enfeitadas o pároco da Igreja, expõe o Santíssimo Sacramento, e se dá o início da procissão, onde passará pelas ruas com multidões de fiéis acompanhando.

Os tapetes confeccionados devem ter imagens que expressem a fé e o amor do povo cristão na presença real de Jesus na Eucaristia, apenas o sacerdote com o ostensório que caminha por cima dos tapetes. 

A procissão solene constitui o testemunho público da piedade do povo cristão para o Santíssimo Sacramento, neste dia, o Senhor toma posse das nossas ruas e praças, atapetadas em muitos lugares que simbolizam também a expressão de uma gratidão profunda pela presença real de Jesus na Eucaristia.


No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.


foto do tapete de Corpus Christi cristãos leigos
A procissão pelas vias públicas, é uma recomendação do Código de Direito Canônico que determina ao Bispo Diocesano que tome as providências para que ocorra toda a celebração, para testemunhar a adoração e veneração para com a Santíssima Eucaristia.







Conhecendo um pouco da história (A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII)


tapete-corpus-christi-lava-pes
Tudo começou quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Aos 16 anos ela teve a primeira visão, que após repetiu-se mais vezes nas suas adorações eucarísticas. A visão apresentava a lua no seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. O Senhor a fez compreender o significado disso que lhe havia aparecido. A lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a linha opaca representava, por sua vez, a ausência de uma festa litúrgica, para a instituição da qual era pedido a Juliana que trabalhasse de modo eficaz: uma festa, isto é, na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar a fé, avançar na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.


Por cerca de 20 anos, Juliana, que nesse meio tempo tornou-se a priora do convento, conservou em segredo essa revelação, que havia preenchido de alegria o seu coração. Depois, confiou-o a outras duas fervorosas adoradoras da Eucaristia, a beata Eva, que conduzia uma vida eremítica, e Isabella, que a havia conhecido no mosteiro de Mont-Cornillon. As três mulheres estabeleceram uma espécie de “aliança espiritual”, com o propósito de glorificar o Santíssimo Sacramento. Desejaram envolver também um sacerdote muito estimado, Giovanni di Losanna, canônico na igreja de São Martinho em Liège, rogando-lhe que interpelasse teólogos e eclesiásticos sobre o quanto estava em seus corações. As respostas foram positivas e encorajadoras.

Foi exatamente o Bispo de Liège, Roberto di Thourotte, que, após hesitações iniciais, acolheu a proposta de Juliana e das suas companheiras e instituiu, pela primeira vez, a solenidade de Corpus Domini na sua Diocese. Mais tarde, outros bispos o imitaram, estabelecendo a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais.

À boa causa da festa de Corpus Domini foi conquistado também por Tiago Pantaléon di Troyes, que tinha conhecido a Santa durante seu ministério de arquidiácono em Liège.


Foto do tapete de Corpus Christi com desenho de uma mão segurando o mundo
Mas no ano de 1263, um padre de nome Pedro de Praga, vacilante sobre a veracidade da transubstanciação, fez uma peregrinação de Praga a Roma, a fim de alcançar uma graça para que esta tentação o deixasse. Foi, então, que o prodígio ocorreu enquanto celebrava a Santa Missa perto donde repousava o corpo de Santa Cristina em Bolsena.

Padre Pedro, no momento da consagração, viu gotejar sangue da Hóstia então consagrada e banhar o corporal e os linhos litúrgicos.

A notícia chegou rapidamente ao Papa Urbano IV, que estava muito perto de Orvieto e mandou que o corporal fosse levado até ele. A venerada relíquia foi levada em procissão e diz-se que o Pontífice, ao ver o milagre, ajoelhou-se diante do corporal e, em seguida, o mostrou à população.

O Papa já tinha conhecimento de que na Diocese da Bélgica já era celebrada uma festa em homenagem ao Corpo e Sangue de Jesus. Assim o Papa viu no milagre a confirmação do pedido de Jesus feito em Liége. E em 1264, instituiu a solenidade do Corpus Domini como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira sucessiva a Pentecostes.

Mais tarde, o Santo Padre publicou a bula “Transiturus”, com a qual ordenou que fosse celebrada a Solenidade de Corpus Christi em toda a Igreja na quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade.

Do mesmo modo, o Papa Urbano IV encomendou a Santo Tomás de Aquino a preparação de um ofício litúrgico para a festa e a composição de hinos, que são entoados até o dia de hoje: Tantum Ergo, Lauda Sion.


A santa relíquia é conservada na Catedral de Orvieto e pode ser apreciada em uma capela construída em honra a este milagre Eucarístico. O corporal sai em procissão todos os anos durante a Festa de Corpus Christi e são presididas as celebrações Eucarísticas na Catedral.


foto do tapete Corpus Christi com desenho de uma vela, bíblia e cálice


Adoro Te Devote” - Uma das orações compostas por Santo Tomás


1.Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,

Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,

A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,

Porque, vos contemplando, tudo desfalece.


2.A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós

Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.

Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,

Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.


3.Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,

Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.

Eu, contudo, crendo e professando ambas,

Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.


4.Não vejo, como Tomé, as vossas chagas

Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus

Faça que eu sempre creia mais em Vós,

Em vós esperar e vos amar.


5.Ó memorial da morte do Senhor,

Pão vivo que dá vida aos homens,

Faça que minha alma viva de Vós,

E que à ela seja sempre doce este saber.


6.Senhor Jesus, bondoso pelicano,

Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue

Pois que uma única gota faz salvar

Todo o mundo e apagar todo pecado.


7.Ó Jesus, que velado agora vejo

Peço que se realize aquilo que tanto desejo

Que eu veja claramente vossa face revelada

Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem


EM LATIM:

1.Adoro te devote, latens Deitas,

Quae sub his figúris vere látitas

Tíbi se cor méum tótum súbjicit

Quia te contémplans tótum déficit.


2.Vísus, táctus, gústus in te fállitur,

Sed audítu sólo tuto creditur

Credo quídquid díxit Dei Fílius

Nil hoc verbo veritátis vérius.


3.In crúce latébat sola Deitas,

At hic látet simul et humánitas

Ambo tamen crédens atque cónfitens,

Péto quod petívit látro paénitens.


4.Plagas, sicut Thomas, non intúeor

Déus tamen méum te confíteor

Fac me tíbi semper magis crédere,

In te spem habére, te dilígere.


5.O memoriále mórtis Dómini,

Pánis vívus vítam praéstans hómini,

Praésta méae ménti de te vívere,

Et te ílli semper dulce sápere.


6.Pie pellicáne Jésu Domine,

Me immundum munda túo sánguine,

Cújus una stílla sálvum fácere

Tótum múndum quit ab ómni scélere.


7.Jesu, quem velátum nunc aspício,

Oro fiat illud quod tam sítio

Ut te reveláta cérnens fácie,

Vísu sim beátus túae glóriae. Amem


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Fontes:

https://www.catolicismoromano.com.br/adoro-te-devote-o-oficio-de-corpus-christi-composto-por-sao-tomas-de-aquino/

https://www.acidigital.com/noticias/o-milagre-eucaristico-com-o-qual-se-instituiu-a-solenidade-de-corpus-christi-44296






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